BROMELIACEAE

Cryptanthus dorothyae Leme

Como citar:

Miguel d'Avila de Moraes; Tainan Messina. 2012. Cryptanthus dorothyae (BROMELIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

2.867,71 Km2

AOO:

36,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente nos Estados do Rio de Janeiro e Espirito Santo (Forzza et al., 2010). Foi indicada na literatura como um endemismo das Restingas do Espirito Santo (Cândido, 1995 apud. Gomes, 1999), entretanto, foi recentemente coletada nas Restingas do litoral norte do Estado do Rio de Janeiro (D.S.D. Araujo, 10172).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Cryptanthus dorothyae</i> é endêmica do Brasil e ocorre nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.São conhecidas subpopulações nos municípios de Serra, Guarapari e Presidente Kennedy, no Espírito Santo, e Macaé e Barra de Itabapoana, no Rio de Janeiro. <i>Cryptanthus dorothyae</i> tem distribuição restrita (EOO=2.499,46 km²) e está sujeita ao declínio contínuo da qualidade de hábitat. A espécie ocorre em formações florestais fechadas de Restinga (Mata de Restinga) e em transição dessaspara matas periodicamente alagadas. As principais ameaças à perpetuação de <i>C. dorothyae</i> na natureza são a destruição e degradação de seu hábitat, uma vez que grande parte das restingas brasileiras deu espaço às áreas urbanas, aos loteamentos, assentamentos e outras formas de usodas planícies litorâneas. Por essas razões, a espécie foi classificada como "Em perigo" (EN).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Cryptanthus dorothyae possui afinidade morfológica com C.acaulis (Lindley) Beer, distinguindo pelas laminas foliares mais largas, sépalas suborbiculares, obtusas e apiculadas e que se tornam estramíneas em direção ao ápice (Leme, com. pess.).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Se conhecem subpopulações nos municípios de Serra, Guarapari e Presidente Kennedy (ES), este último sendo a localidade-tipo, e Macaé e Barra de Itabapoana (RJ). C. dorothyae não aparenta ser abundante no Estado do Rio de Janeiro. Moura et al. (2007) verificaram a ocorrência deste táxon em apenas duas formações de Restinga (de 10 inventariadas no Estado para o citado trabalho).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em formações florestais fechadas de Restinga (Mata de Restinga) (Gomes 1999). D.S.D. Araujo registrou ainda C. dorothyae em transição de mata de restinga para periodicamente alagada (Moura, 2002).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Planta herbácea, terrícola; ocorre em formações florestais fechadas de Restinga (Mata de Restinga) (Gomes, 1999). D.S.D. Araujo registrou ainda C. dorothyae em transição de mata de restinga para periodicamente alagada (Moura, 2002), todas associadas ao bioma Mata Atlântica (Forzza et al., 2012).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4 Infrastructure development
A principal ameaça a perpetuação de C. dorothyae na natureza é a destruição e degradação de seu habitat, uma vez que grande parte das Restingas brasileiras deu espaço à áreas urbanas, loteamentos, assentamentos e outras formas de uso das planices litorâneas brasileiras.

Ações de conservação (3):

Ação Situação
4.4 Protected areas needed
A espécie ocorre dentro do Parque Estadual Paulo César Vinha (ES), e dentro de propriedades particulares deste Estado (Gomes, 1999). Não ocorre dentro de nenhuma unidade de conservação (SNUC) no Estado do Rio de Janeiro (Moura, 2002; Moura et al., 2007).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida por Simonelli; Fraga (2007) para a flora do Estado do Espirito Santo.
Ação Situação
4.3 Corridors on going
C. dorothyae ocorre dentro dos Corredores de Biodiversidade Central e Serra do Mar para a conservação do bioma Mata Atlântica (Martinelli et al., 2008).